Acessibilidade em Foco!


Ágape


Os gregos antigos eram muito sofisticados ao falar sobre o amor.

Segundo eles, era impossível utilizar uma única palavra para definir tudo aquilo que a nossa cultura chama, unicamente, amor.

Para eles, havia seis formas de amor, cada qual com suas características.

O primeiro tipo, o amor Eros, era nomeado assim por conta do deus grego da fertilidade, representando a ideia de paixão.

Eros era o amor capaz de dominar e eximir o ser de sua racionalidade. Envolvia uma falta de controle, que assustava os gregos.

A segunda variedade, o Philia, era relativo à amizade, à fidelidade entre companheiros unidos por laços fraternos.

Essa forma de amor era muito mais valorizada do que a primeira.

O Ludus, terceira forma, guardava relação com a diversão, com a afeição, com as boas companhias e com o prazer de se estar ao lado de quem se quer bem.

O amor Ágape, quarto tipo, era a mais radical das formas. Foi traduzido mais tarde para o latim como Caritas, do qual se originou o termo caridade.

Ágape representava o amor abnegado, desinteressado. Aquele que se estende ao próximo, a fim de transformá-lo em um irmão.

Essa é a forma de amor ensinada na maioria das tradições religiosas.

No cristianismo, representa o amor divino que deve ser cultivado e estendido aos nossos semelhantes, seguindo o ensinamento de Jesus: Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vós mesmos.

Ainda, o amor Pragma, o amor maduro, resultado de profundo entendimento, consideração, respeito e admiração, que se desenvolve entre casais de longo matrimônio e entre pessoas que convivem muitos anos.

Passadas as ilusões, deixam se levar pela alegria da convivência. É o júbilo de saber que o outro ali está, em todos os momentos e circunstâncias, por mais difíceis e dolorosas que elas sejam.

Finalmente, a última forma, o amor Philautia ou autoamor. Não se trata de narcisismo, mas sim de uma maneira muito mais elevada de amor.

Os gregos entendiam que, quanto mais a criatura se ama, mais amor tem a oferecer.

* * *

De que forma entendemos o amor? O que ele representa para nós? Como damos, recebemos e vivenciamos o amor?

Entregamo-nos aos preceitos de Jesus, buscando o autoamor, o amor ao próximo, o amor familiar e fraternal, o amor abnegado?

Ou ainda nos perdemos nas teias de Eros, das ilusões e paixões, dos interesses?

Qual a nossa verdadeira compreensão do que é o amor?

Importante se faz a reflexão a respeito. Importante que analisemos nossas ações, nossos sentimentos, a fim de bem avaliarmos de que espécie é o amor que nos move.

O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, dizia o Apóstolo Paulo.

Pensemos nisso! Pensemos sobre o amor. Busquemos o amor que se oferece, que é fiel, que vive a alegria de ver o outro feliz.

Vivenciemos o amor, em suas nuances mais sublimes, sempre, diária e constantemente.


Fonte: Redação do Momento Espírita, com base na obra How should we live, de Roman Krznaric, ed. BlueBridge.

Em 27.9.2016.


Curta nossa página no Facebook Compartilhar no Facebook


Voltar Adicionar aos Favoritos!


Todos Direitos Reservados - Acessibilidade em Foco ®