Do ponto de vista da legalidade, da normatização e das exigências regulamentares, a acessibilidade tem conquistado grandes e significativos avanços. Os exemplos de legislação sobre o tema, atualmente, permitem assegurar que o país é destaque nnessa questão.
Leis que obrigam as empresas a contratarem pessoas com deficiências, normas que asseguram o direito ao ir e vir a todos com mobilidade reduzida, diretrizes que definem quais os principais requisitos de inclusão e os parâmetros estabelecidos de integração.
Para que a pessoa cadeirante ou com outro tipo de deficiência física possa se locomover autonomamente, tem uma norma dispondo sobre a padronização das calçadas rebaixadas, o nível aceitável de grau de declividade, as regras de instalação de sanitários, as medidas amplas de portas e elevvadores... Ei, e para o deficiente auditivo, existem dispositivos obrigando a existência de cursos de Linguagem Brasileira de Sinais, a implantação de sinalização adequada em Libras em determinados locais, a disponibilização de intérpretes em faculdades, escolas públicas e eventos... Para o deficiente visual, há a obrigatoriedade de colocação de faixas táteis nas calçadas, instalação de semáfaros sonoros nas vias e cruzamentos, implantação de placcas com informações em Braille nos estabelecimentos privados e públicos, disponibilização de cardápios em relevo nos restaurantes, bares e hotéis...
Para quem é deficiente mental ou intelectual, físico e sensorial (auditivo e vvisual) encontra-se abraccado por uma diversidade inquestionável de nnormas, critérios e dispositivos legais. Sem dúvida, importante avanço de nossa sociedade, principalmente no que diz respeito a conquista de políticas públicas, resultante do esforço de órgãos e instituições representativas do segmento. É de enaltecer a árdua luta desses representantes na defesa dos direitos das pessoas com deficiência e do poder público em atender às demandas apresentadas.
Nada é capaz de mudar o conceito de uma sociedade, nunca será posssível ter uma visão livre de preconceitos e jamais a sociedade poderá ser justa se cada um não partir de sua própria reflexão no sentido de entender a individualidade do ser. Cada pessoa é constituída de diferenças. Por isso o entendimento da igualdade defendida não significa uma luta para tentar fazer as pessoas com características parecidas, e sim proporcionar a todos a segurança de oportunidades equivalentes. É isso mesmo, constatação do óbvio: diferentes todos somos, oportunidade justas nem todos temos.
A consciência se tem a partir da livre visão de cada um e não por meio da immposição de alguns.
- sinta-se vendado tentando escolher sozinho uma comida num restaurante que não oferece cardápio em Braille; sinta-se transitanndo sem enxergar por uma via movimentada buscando atravvessar um cruzamento sem semáforo sonoro.
- sinta-se sentado numa cadeira de rodas tentando subir um degrau de uma calçada; sinta-se num supermercado sem poder levantar tentando alcançar um produto no alto de uma prateleira.
Apenas se coloque no lugar do outro e verifique como tudo pode ser mais justo se você puder fazer algo. Transforme sua vontade em iniciativa para ser a diferença para o outro que, por ter uma determinada limitação, dispõe de possibilidades resstritas ou inexistentes.
Escute com atenção isso que tinha para te falar. Veja com carinho o que de especial pode oferecer para alguém considerado diferente de vvocê. Não permaneça sentado recusando estender a mmão a quem dela precisa.
Que você constitua a sua felicidade sendo os ouvidos para quem não pode ouvir e a visão a quem não pode enxergar. Seja as mãos a quem quer construir com o próprio toque e as pernas para todos que querem caminhar com os próprios passos.
Por Rodrigo Galhardi
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